A CMVM notificou o BCP por, segundo o regulador, este ter prestado informação falsa ao mercado. O Banco Portugal também notificou os administradores. O conselho directivo da CMVM, reunido na quarta-feira, deliberou deduzir acusação contra o Millennium bcp por prestação de informação não verdadeira ao mercado (o que é considerado uma contra-ordenação grave). O regulador do mercado de capitais notificou ontem o banco. O BCP tem agora 20 dias úteis para contestar junto da CMVM, seguindo-se o prazo para a análise dessa contestação. - Brevemente serão notificadas pessoas singulares do banco no âmbito de responsabilidades individuais, dos quais podem resultar inibições de actividade. - Na reunião de quarta-feira, o conselho directivo da CMVM deliberou ainda fazer novas denúncias ao Ministério Público relativas a possíveis ilícitos criminais verificados no BCP. Recorde-se que, em Junho, o supervisor do mercado de capitais já havia denunciado indícios de manipulação de mercado, com recurso a ‘off-shores’. Banco de Portugal notifica O Banco de Portugal confirmou ao Semanário Económico que “o conselho de administração do Banco de Portugal deliberou ontem dar por concluído o processo de acusação no processo do BCP, tendo seguido hoje as notificações respectivas”. A mesma fonte recusou-se a revelar o número de pessoas acusadas ou quais os ilícitos invocados. Mas, segundo a imprensa, daqui poderão ocorrer inibições profissionais. - O Diário Económico sabe que está em curso o processo de notificação dos ex-administradores do BCP por parte do Banco de Portugal. - Em Maio deste ano o BdP já tinha notificado o BCP no âmbito de outros processos de contra-ordenação, nomeadamente no que se refere à comunicação de crédito a familiares dos administradores. A acusação do supervisor referia que o BCP “actuou com dolo e com plena consciência da ilicitude dos factos por si praticados”. O banco hoje liderado por Carlos Santos Ferreira contestou então para o Tribunal de Primeira Instância Criminal. O BCP recorreu das dez contra-ordenações a várias instituições do grupo, relativas ao fornecimento de listagens incompletas de empresas detidas por familiares de membros dos órgãos sociais. O BdP acusava a existência de onze sociedades nesta situação, pertencentes ou com ligações ao filho de Jardim Gonçalves. Garantias do Estado BCP emite obrigações O Millennium BCP vai pagar ao Estado 14,22 milhões de euros por ano em comissões devidas pela garantia pessoal do Estado para uma uma emissão de obrigações no valor máximo de 1,5 mil milhões de euros. - Trata-se de uma emissão a três anos com uma taxa de 0,948% ao ano, pelo que, ao fim dos três anos, o BCP pagará ao Estado 42,66 milhões de euros. - O montante máximo de 1,5 mil milhões de euros destina-se a manter uma estrutura de financiamento equilibrada no âmbito do programa de financiamento para 2008 e assegurar o desenvolvimento da actividade de crédito a particulares e empresas, em especial PME. As entidades envolvidas na emissão são o Barclays, o HSBC, o BCP Investimento e a Morgan Stanley. - A CGD também emitiu recentemente com garantia Estado a uma taxa de 3,875%.
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Famigeradas no BCP, desde há muito tempo...
sábado, 13 de dezembro de 2008
terça-feira, 12 de agosto de 2008
O mês de Julho não será de boa memória para o BCP...
A penalizar a acção BCP durante o mês de Julho estiveram os resultados semestrais apresentados, considerados fracos por algumas casas de investimento, os consequentes cortes de preços-alvo para valores até 1 euro, assim como a aplicação de uma coima de 500 milhões de euros ao banco pela CMVM no âmbito do processo de aquisições de acções próprias por pequenos accionistas do banco.
Em Julho o valor investido em acções BCP cresceu 44%. Os fundos aproveitaram a quebra das acções até mínimo histórico nos 1,025 euros, no mês com mais acções negociadas desde Setembro de 2007.
O mês de Julho não será de boa memória para o BCP. O banco viu as suas acções caírem em bolsa até ao mínimo histórico nos 1,025 euros, cotação muito próxima do valor nominal da acção, 1 euro, e chegar ao final de Julho com uma queda mensal de 16,73%.
A descida, fortemente penalizadora para o título, acabou simultaneamente, por torná-lo muito atractivo para compra. E os fundos, que tinham andado um pouco afastados da acção, aproveitaram os “saldos”. Em Julho, o valor aplicado em BCP pelos fundos de investimento mobiliários aumentou 44,3% para 24,6 milhões de euros, o que permitiu ao banco voltar a constar entre as 10 acções em que os fundos têm maior valor investido, mostram os dados divulgados ontem pela CMVM.
Reflexo desta ida às compras é o volume transaccionado no mês passado em BCP, 617,58 milhões de acções, a quantidade mais elevada desde Setembro do ano passado, mês em que foram negociadas 620,56 milhões de acções do banco liderado por Carlos Santos Ferreira.
Em Julho o valor investido em acções BCP cresceu 44%. Os fundos aproveitaram a quebra das acções até mínimo histórico nos 1,025 euros, no mês com mais acções negociadas desde Setembro de 2007.
O mês de Julho não será de boa memória para o BCP. O banco viu as suas acções caírem em bolsa até ao mínimo histórico nos 1,025 euros, cotação muito próxima do valor nominal da acção, 1 euro, e chegar ao final de Julho com uma queda mensal de 16,73%.
A descida, fortemente penalizadora para o título, acabou simultaneamente, por torná-lo muito atractivo para compra. E os fundos, que tinham andado um pouco afastados da acção, aproveitaram os “saldos”. Em Julho, o valor aplicado em BCP pelos fundos de investimento mobiliários aumentou 44,3% para 24,6 milhões de euros, o que permitiu ao banco voltar a constar entre as 10 acções em que os fundos têm maior valor investido, mostram os dados divulgados ontem pela CMVM.
Reflexo desta ida às compras é o volume transaccionado no mês passado em BCP, 617,58 milhões de acções, a quantidade mais elevada desde Setembro do ano passado, mês em que foram negociadas 620,56 milhões de acções do banco liderado por Carlos Santos Ferreira.
sexta-feira, 25 de julho de 2008
BCP pediu mais mil milhões a Trichet (BCE )
Banco triplicou o recurso aos fundos do Banco Central Europeu para se financiar.
O BCP pediu mais de mil milhões de euros de financiamento ao Banco Central Europeu (BCE) desde o rebentar da crise financeira, no Verão do ano passado, que veio travar e encarecer o custo de financiamento da banca junto no mercado interbancário.
Os números do primeiro semestre do banco, conhecidos esta semana, mostram que, no final do primeiro semestre de 2007, o balanço consolidado do BCP registava cerca de 526,8 milhões de euros na rubrica “depósitos de bancos centrais”, valor que subiu para 1,564 mil milhões de euros no primeiro semestre deste ano.
Este é, de resto, o valor mais elevado alguma vez registado pelo banco, a julgar pelas contas disponíveis, que remontam ao exercício de 1999.
Tendo sido o BCP a instituição que estreou a ronda de resultados semestrais da banca portuguesa, estes números são sintomáticos dos impactos do ‘subprime’ na capacidade de financiamento do sector. A instituição liderada por Santos Ferreira não terá sido, de resto, a única a reforçar o recurso ao BCE, via Banco de Portugal. Os números que a banca divulga agora, relativos ao primeiro semestre, deverão tornar visível a evolução do balanço das instituições precisamente a partir do momento em que a crise despontou, no Verão de 2007.
A crise financeira trouxe uma dificuldade quase sem precedentes na capacidade e preço a que a banca se financia. Depois dos depósitos de clientes, o mercado interbancário tem sido uma fonte essencial de financiamento dos bancos. Só que a subida vertiginosa das taxas de juro e a enorme desconfiança dentro do sector surgida com o ‘subprime’ encareceu fortemente os custos. A banca, em Portugal como no resto da Europa, voltou-se para os depósitos, subindo as remunerações oferecidas, e para outros instrumentos de financiamento.
Aliás, os números do BCP mostram essa clara redução do recurso ao mercado interbancário. No final do primeiro semestre, o saldo da rubrica “depósitos de outras instituições de crédito” era de pouco mais de 8,2 mil milhões de euros, menos 21% face a igual período de 2007. O valor mais baixo, pelo menos, desde 1999.
O saldo líquido do banco (empréstimos concedidos face a créditos contraídos no mercado interbancário) foi negativo, de mais de 7,5 mil milhões. Um factor que, à semelhança do que está a acontecer com outros bancos, penalizou a margem financeira, devido às taxas de juro elevadas. Já quanto à situação face aos bancos centrais, o BCP detém uma posição líquida positiva de cerca de 387,1 milhões. Isto tendo em conta os 1,95 mil milhões de “caixa e disponibilidades em bancos centrais”, correspondentes às reservas mínimas face ao volume de depósitos obrigatórias na Zona Euro.
As injecções de liquidez feitas pelo BCE estão a ser aproveitadas pela banca, já que são uma forma de financiamento, regra geral, bem mais barata do que os depósitos ou o mercado interbancário. Esta política do BCE revelou-se, de resto, preciosa para vários bancos na Europa que viram fechados ou encarecidos os seus canais tradicionais de financiamento.
Na banca portuguesa, os últimos números do Banco de Portugal revelam que o volume global de “cedência de liquidez” do banco central a instituições financeiras passou de 234 milhões de euros, em Junho de 2007, para 2.516 milhões de euros em Junho deste ano.
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Jornal Diário económico 2008-07-25 00:05
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Semântica financeira do BCP...
O BCP estreou ontem a época de resultados com números que, por trás das habilidades semânticas do costume, mostram os efeitos da crise em toda a sua crueza.
Um leitor menos versado nas técnicas linguísticas empresariais que se limitasse a ler a primeira página do comunicado, divulgado ontem após o fecho do mercado, ficaria convencido que o BCP nunca esteve tão bem. Os lucros do semestre totalizaram 101 milhões de euros mas, “excluindo o impacto de itens específicos” foram, afinal, de 265 milhões. A actividade internacional vai de vento em popa, a margem financeira cresceu 10%, o crédito concedido aumentou 13%, o malparado nem vê-lo.
Quando se olha para os tais “itens específicos”, o primeiro rombo, resultante da desvalorização da posição de 10% que o BCP tem no rival BPI, custou ao BCP 177 milhões de euros. Outra linha na demonstração de resultados, a da impuridade do crédito, que reflecte a desvalorização de acções e obrigações entregues como garantia de empréstimos, resultou na constituição de 206 milhões em provisões, mais do dobro do valor registado no ano anterior. Mas é preciso descer à página oito do comunicado para descobrir a explicação.
Porquê insistir em afastar estes “itens específicos” da mensagem principal quando são eles que explicam a quebra do lucro do banco e quando resultaram de decisões tão conscientes da gestão como a entrada num novo mercado ou numa nova área de negócio? Até porque nas alturas em que estas participações inflacionaram os lucros, através do produto bancário, nunca se as viu serem excomungadas. No comunicado dos resultados do primeiro semestre do ano passado, o único “item específico” excluído foi o “impacto dos custos da oferta sobre o BPI”. Sobre o impacto da valorização de 13% da posição no banco rival, nem uma palavra.
Não seria melhor reconhecer as más notícias à cabeça e explicá-las do que fingir que o mundo BCP continua a ser cor-de-rosa? Seria bom que a divergência entre a semântica e a substância, em que o “velho BCP” era mestre, se tivesse atenuado com a nova administração. Esta teria sido uma boa oportunidade para matar estes velhos hábitos, até porque, no essencial, o negócio principal do banco – captar depósitos e conceder empréstimos – até correu bem.
Infelizmente, numa altura em que os analistas prevêem que os resultados das principais empresas cotadas portuguesas deverá cair para metade, o BCP não será certamente o último a tentar suavizar com palavras a realidade dura dos algarismos.
Comentários:
vg
Afinal,também nas contabilidades deste capitalismo ilusório se arranjam as justificações de ocasião.É como a conversa de Sócrates e a dos organismos financeiros internacionais.Crise? Quer o copo meio cheio ou meio vazio?..
Xabregas
E o preço da Gasolina e do gasóleo ?! Não desce ??? Quando sobe sobe quase que por antecipação quando devia descer não desce também por antecipação. O facto é que existe uma orientação do Governo Socialista para não baixarem o preço dos combustíveis uma vez que ao fazerem-no os impostos agregados aos combustíveis e roubados pelos políticos governantes diminuiriam ainda mais e como a economia decresce as empresas a falirem ... está-me mesmo a ver que o que salva os tachos desta corja de bandidos são os impostos especiais sobre o consumo .... IEC... para cá IEC para lá....
Tribunus
Era expectável, que o novo administrador maravilha, não fosse habilidoso, para dar uma volta ao relatórios dos 6 meses, para que o incauto accionista, comprá-se gato por lebre. Foram os maus costumes da casa, ou também abusa deles? Conclui-se das palavras do editorial......
Septuagenário Furioso
Ninguém fala do imposto João Pequeno! Abram os olhos meus senhores. Não podemos continuar a aceitar que se governe este país à Luis XV...
Um leitor menos versado nas técnicas linguísticas empresariais que se limitasse a ler a primeira página do comunicado, divulgado ontem após o fecho do mercado, ficaria convencido que o BCP nunca esteve tão bem. Os lucros do semestre totalizaram 101 milhões de euros mas, “excluindo o impacto de itens específicos” foram, afinal, de 265 milhões. A actividade internacional vai de vento em popa, a margem financeira cresceu 10%, o crédito concedido aumentou 13%, o malparado nem vê-lo.
Quando se olha para os tais “itens específicos”, o primeiro rombo, resultante da desvalorização da posição de 10% que o BCP tem no rival BPI, custou ao BCP 177 milhões de euros. Outra linha na demonstração de resultados, a da impuridade do crédito, que reflecte a desvalorização de acções e obrigações entregues como garantia de empréstimos, resultou na constituição de 206 milhões em provisões, mais do dobro do valor registado no ano anterior. Mas é preciso descer à página oito do comunicado para descobrir a explicação.
Porquê insistir em afastar estes “itens específicos” da mensagem principal quando são eles que explicam a quebra do lucro do banco e quando resultaram de decisões tão conscientes da gestão como a entrada num novo mercado ou numa nova área de negócio? Até porque nas alturas em que estas participações inflacionaram os lucros, através do produto bancário, nunca se as viu serem excomungadas. No comunicado dos resultados do primeiro semestre do ano passado, o único “item específico” excluído foi o “impacto dos custos da oferta sobre o BPI”. Sobre o impacto da valorização de 13% da posição no banco rival, nem uma palavra.
Não seria melhor reconhecer as más notícias à cabeça e explicá-las do que fingir que o mundo BCP continua a ser cor-de-rosa? Seria bom que a divergência entre a semântica e a substância, em que o “velho BCP” era mestre, se tivesse atenuado com a nova administração. Esta teria sido uma boa oportunidade para matar estes velhos hábitos, até porque, no essencial, o negócio principal do banco – captar depósitos e conceder empréstimos – até correu bem.
Infelizmente, numa altura em que os analistas prevêem que os resultados das principais empresas cotadas portuguesas deverá cair para metade, o BCP não será certamente o último a tentar suavizar com palavras a realidade dura dos algarismos.
Comentários:
vg
Afinal,também nas contabilidades deste capitalismo ilusório se arranjam as justificações de ocasião.É como a conversa de Sócrates e a dos organismos financeiros internacionais.Crise? Quer o copo meio cheio ou meio vazio?..
Xabregas
E o preço da Gasolina e do gasóleo ?! Não desce ??? Quando sobe sobe quase que por antecipação quando devia descer não desce também por antecipação. O facto é que existe uma orientação do Governo Socialista para não baixarem o preço dos combustíveis uma vez que ao fazerem-no os impostos agregados aos combustíveis e roubados pelos políticos governantes diminuiriam ainda mais e como a economia decresce as empresas a falirem ... está-me mesmo a ver que o que salva os tachos desta corja de bandidos são os impostos especiais sobre o consumo .... IEC... para cá IEC para lá....
Tribunus
Era expectável, que o novo administrador maravilha, não fosse habilidoso, para dar uma volta ao relatórios dos 6 meses, para que o incauto accionista, comprá-se gato por lebre. Foram os maus costumes da casa, ou também abusa deles? Conclui-se das palavras do editorial......
Septuagenário Furioso
Ninguém fala do imposto João Pequeno! Abram os olhos meus senhores. Não podemos continuar a aceitar que se governe este país à Luis XV...
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2008-07-24 Diário económico,
Pedro Marques Pereira
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Deutsche Bank corta "target" do BCP para 1,00€...
Deutsche Bank corta "target" do BCP para 1,00 euro após "fracos resultados"
O Deutsche Bank reagiu aos números do Banco Comercial Português (BCP) com uma nova revisão em baixa das estimativas de resultados que determinou um corte no preço-alvo das acções da instituição liderada por Carlos Santos Ferreira. O banco alemão baixou o "target" para 1,00 euros e mantém a recomendação de "vender" acções do BCP.
O Deutsche Bank reagiu aos números do Banco Comercial Português (BCP) com uma nova revisão em baixa das estimativas de resultados que determinou um corte no preço-alvo das acções da instituição liderada por Carlos Santos Ferreira. O banco alemão baixou o “target” para 1,00 euros e mantém a recomendação de “vender” acções do BCP.
“Baixámos o nosso preço-alvo, após uma redução das estimativas de resultados” para 2008 até 2010, refere o analista Carlos Berastain. O corte nas previsões foi de 2% para lucros por acção de 0,14 e 0,139 euros, respectivamente, depois do BCP ter revelado o que o Deutsche Bank classifica de “fracos resultados” no segundo trimestre, ainda que excluindo perdas extraordinárias os números tenham ficado em linha.
O BCP apresentou, ontem, lucros de 101,4 milhões de euros, nos primeiros seis meses deste ano, uma queda de 67,1% face aos 307,9 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado, depois de ter reconhecido novas imparidades com a posição no BPI. Em termos trimestrais, o banco registou resultados líquidos de 87 milhões de euros.
Este números levaram o Deutsche Bank a cortar novamente a avaliação do BCP, para 1,00 euro, depois de ontem já ter reduzido o “target” para 1,15 euros. O banco alemão foi o único, até ao momento, dos que acompanham o BCP, a baixar o preço-alvo da instituição liderada por Santos Ferreira. As restantes casas de investimento afirmam que as contas do banco ficaram em linha ou mesmo que são neutrais.
Restantes analistas mantêm "targets"
A UBS refere, numa nota ainda ontem, logo após a apresentação das contas, que excluindo as perdas extraordinárias, os números do primeiro semestre do BCP ficaram “completamente em linha” com as previsões, pelo que manteve inalteradas as estimativas de lucros para 2008 e 2009 que, no entanto, continuam cerca de 11% abaixo do consenso.
A casa de investimento suíça manteve igualmente a avaliação de 1,15 euros e a recomendação de “vender” para o BCP. Também a KBW, que ontem emitiu uma nota de “research” para toda a banca da Península Ibérica, manteve o “target” de 1,30 euros para o BCP, e a recomendação de “underperform”.
O analista Antonio Ramirez afirma que o “desenvolvimento da actividade do BCP ficou em linha” com as suas estimativas, já a ES Research afirma serem “neutrais” os resultados, “com o desempenho operacional do grupo a ficar em linha com as expectativas”.
O Caixa BI afirma que “o conjunto de resultados divulgado reflecte as actuais condições de mercado nomeadamente no que se refere ao desempenho em matéria de resultados em operações financeiras e à performance (mais uma vez) da actividade internacional”, acrescentando que os resultados apresentados traduzem as grandes tendências dos últimos trimestres, não tendo existido situações inesperadas”.
O analista André Rodrigues relega para mais depois da “conference call” comentários adicionais às contas do BCP. Já a KBW e a ES Research aproveitam para alertar, já, para o potencial impacto do fundo de pensões nos rácios do BCP. “O aumento de capital de 1,3 mil milhões impulsionou os rácios para 6,1%”, no entanto, “o fundo de pensões pode representar uma ameaça”, afirma a KBW...
O BES ultrapassou ontem, pela primeira vez, o BCP em capitalização bolsista...
"Banco Espírito Santo" ameaça destronar BCP como maior banco português na Bolsa...
O BES ultrapassou ontem, pela primeira vez, o BCP em capitalização bolsista. Este momento viveu-se no mesmo dia em que o banco liderado por Carlos Santos Ferreira apresentou lucros de 101 milhões de euros, menos 67,% que em Junho de 2007. O BES ultrapassou ontem, pela primeira vez, o BCP em capitalização bolsista. Este momento viveu-se no mesmo dia em que o banco liderado por Carlos Santos Ferreira apresentou lucros de 101 milhões de euros, menos 67,% que em Junho de 2007.
No mesmo dia, o banqueiro garantiu aos accionistas que não irá vender as operações do Millennium na Polónia e na Grécia. Pedro Teixeira Duarte renunciou ao conselho superior do BCP, questionando a existência deste órgão...
O BES ultrapassou ontem, pela primeira vez, o BCP em capitalização bolsista. Este momento viveu-se no mesmo dia em que o banco liderado por Carlos Santos Ferreira apresentou lucros de 101 milhões de euros, menos 67,% que em Junho de 2007. O BES ultrapassou ontem, pela primeira vez, o BCP em capitalização bolsista. Este momento viveu-se no mesmo dia em que o banco liderado por Carlos Santos Ferreira apresentou lucros de 101 milhões de euros, menos 67,% que em Junho de 2007.
No mesmo dia, o banqueiro garantiu aos accionistas que não irá vender as operações do Millennium na Polónia e na Grécia. Pedro Teixeira Duarte renunciou ao conselho superior do BCP, questionando a existência deste órgão...
sexta-feira, 18 de julho de 2008
O BCP pode atenuar a coima, se!...
No processo de aquisição e subscrição de acções BCP, em 2000/2001. o BCP pode reduzir coima da CMVM de 3 milhões para 500 mil euros...
Banco explica condições:
O BCP informou esta quinta-feira de que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deu a possibilidade de suspender parte da coima máxima aplicada de 3 milhões de euros para 500 mil euros...
Em comunicado, o banco explica que esta hipótese de redução mediante condições, no âmbito do processo de aquisição ou subscrição de acções ocorridos em 2000 e 2001, se deve à postura da instituição: «Atendendo todavia quer à política assumida pelo actual "Conselho de Administração Executivo do Banco", que nomeadamente, se traduz no envio a clientes seus de uma proposta de Convenção de Mediação, nos termos divulgados em 26 de Junho de 2008 e em 3 de Julho de 2008, tendente ao ressarcimento de eventuais danos, quer a que, no aumento de capital do Banco que teve lugar em 2008, não foram detectados indícios de comportamentos idênticos aos que constituem objecto do processo; a CMVM entendeu, todavia, deliberar a suspensão parcial da execução, quanto a um montante de dois milhões e quinhentos mil euros, da coima aplicada», refere o BCP.
Para tal, a instituição tem de comunicar o universo total de clientes/accionistas destinatários das campanhas accionistas de 2000 e 2001 «que manifestaram pretensões indminizatórias que ainda não tenham sido satisfeitas, incluindo os clientes que tiverem aceite a proposta de Convenção de Mediação acima referida».
Por outro lado, o banco tem de comunicar situações de ressarcimento efectivo e enviar um relatório comprovando as medidas tomadas para melhorar os seus procedimentos de conservadoria e respectiva demonstração da eficácia.
O banco foi notificado do processo de contra-ordenação pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), relativo a processos de aquisição ou subscrição de acções do banco, ocorridos em 2000 e 2001.
O conteúdo da acção está a ser analisado e avaliado pelo BCP.
«Esta decisão foi no sentido de considerar terem ocorrido infracções das coimas julgadas aplicáveis, dela cabendo agora recurso para os tribunais», recorda o banco em comunicado.
Preocupado com concessão de crédito...
Recorde-se que na semana passada, o jornal «Público» tinha avançado que o regulador da bolsa tinha condenado a instituição a uma multa recorde por violação de regras de intermediação financeira. O Millennium bcp reconhece agora que a CMVM considerou «terem existido infracções que qualificou de muito graves».
«As matérias abordadas neste processo, nomeadamente as ligadas a uma eventual aquisição de acções do BCP com intervenção de sucursais do banco por pequenos investidores que não teriam perfil adequado ao investimento e com recurso a crédito concedido pelo banco, constituem, como é público, uma preocupação, que não é de hoje, mas a que o actual Conselho de Administração Executivo conferiu total prioridade», diz ainda o BCP.
Ao tomar a iniciativa de desencadear um procedimento alargado de mediação, recorrendo aos serviços da CMVM, o BCP diz ser «pioneiro, como é seu timbre, e de, como também o caracteriza, manter sempre o foco na solução do problema, independentemente da origem deste.
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- RESSARCIDO
- DEVE-SE LUTAR SEMPRE PELA VERDADE NO BCP....................... "A crise aperta, a crise é forte, a crise é farta, mas algumas instituições bancárias acharam que o melhor era enterrar ainda mais os endividados na lama". Pedro Ivo Carvalho, "Jornal de Notícias", 28-11-2009